27.9.15

Tédio

Tenho a janela sempre aberta
E o negror à vista.
O céu é menos negro do que as folhas do coqueiro.
Há, na negrura, uma luz quadrada, além.
Os pássaros cantam, penso na manhã.
Em mim, o sol nasce
E desperta sensações de poesia,
E a minha gata acorda.
Espreguiça-se, volta a dormir.
Observo.
O abdômen infla...
O abdômen contrai...
As sensações latejam tão fraquinhas...
O pensamento é memória qualquer,
Assim como isto, assim que se lê.

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