Escura a retina, antes clara;
O sol, menos claro, caindo
Sangrento às paredes da casa
Escura, igualmente sumindo.
Assenta o silêncio na sala,
Sussurras insultos dormindo.
Sibila a sonâmbula fala,
Sonhando o teu triste domingo.
Nos sonhos, perpassam-te mágoas.
Despertas co' os olhos chovidos.
Vislumbras um vulto ou fantasma
Parado, soberbo, sorrindo.
Resmungas: são mudas palavras.
Esvai-se a visão aos pouquinhos.
Levantas, tateias o nada;
Desabas co' o peito dorido.
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