Um sol idílico me beija a face
E vejo pássaros, que cantam e brincam,
E o azul cerúleo pulular de insetos.
Lagartos correm por telhas, muros,
Na busca sólida por tais insetos.
Meus olhos seguem pelo verde-cobre
E avisto uma árvore a bailar esguia.
Estendo o corpo para fora lânguido:
Conduz-me o sopro desta vida rude.
Os ramos altos, cortejando o céu,
Balançam leves ao que o vento dita.
A sombra tênue mal acolhe o chão.
Dirceu, que sombra te cobriu alhures,
Nos campos frescos, embalando amor?
Marília tépida em teus braços firmes,
Ouvindo o amor que declamaste em versos...
Tivesse feito qual fizeste tu,
Tivesse dado meu amor em versos,
Amor teria de Marília assim?
Cativo fui duma Marília outrora.
Marília moça, que a memória traz
À luz presente de meus olhos lúcidos.
Escrevo os versos deste poema métricos
Volteando ideias, e percebo enfim:
Não foi Marília verdadeiro amor.