15.9.18
Quando houver ócio
Eu me recostarei na cadeira;
Tu, na cama,
Com os olhos fumegados.
Falaremos delírios,
Com as ideias nebulosas,
E meu riso se entrelaçará com teu.
Um instante vago,
Dirás que não te passou nada.
Mas passou.
Direi que sim e perceberás que sim,
Pois sempre erras.
E nossos risos se entrelaçarão novamente.
No meu silêncio, teu riso continuará,
Como se risses por nós ambos;
Pois, agora, não temos rido.
Ou rido quase nunca.
Isso porque te falta ócio.
Ócio para estar presente.
Amo-te, não obstante.
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